quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Casos de leitura

Um R ou dois RR

Um dia, o R, todo vaidoso, saiu de casa, bem presunçoso.
Ia na rua, quando ouviu o ruído do rio.
- Que rica ideia! – Pensou o R e saltou para a roupa do Rui, um rapaz lá da sua rua.
Foi então que o Rui parou junto ao muro, ao ver um caracol que subia a parede.
O R corou e fez uma careta. Que fazia ele no meio de duas vogais?
A coruja e o canário riam a bom rir da cara do R!
Foi então que outro R saiu do ramo de rosas e rolou para junto dele.
Agora o R já não estava errado. De dentro do gorro do Rui, sorriu ao burro que puxava a carroça pela serra acima, carregado de garrafas.
                                                                                                          

O que aprendi?
O r entre duas vogais lê-se de forma diferente, como em caracol. Por isso às vezes aparecem dois rr juntinhos, como em garrafa.
                                                                                                     Ana Godinho




Um S ou dois SS

O S sacudiu a sola do seu sapato e saiu da sala. Comeu a sopa e a salada, bebeu o sumo e foi dormir uma soneca.
A Luísa tocava música e o S pensou:
- Que coisa! Não consigo dormir com o som da música! Porque é que eu estou entre duas vogais? Assim o meu som soa diferente…
Colocou a camisola e o casaco que usava para sair de casa, e de repente ouviu um pássaro que assobiava lá fora no passeio.
Foi ver o que se passava. Só podia ser outro S!
Os dois SS juntinhos passearam com a Vanessa no sossego da tarde.



O que aprendi?
Quando o S está no meio de duas vogais, para se ler com o valor de ç, duplica-se para não soar como o z.
passeio  lê-se com o valor de ç
casaco lê-se com o valor de z
                                                                                            Ana Godinho



              nh

A doninha manhosa saiu da casinha
e foi de visita à dona galinha.
O patinho que ali tomava o seu banho,
foi logo para o ninho: - que medo tamanho!
A meio caminho, viu as joaninhas,
todas bonitas, de fato às bolinhas
e o gafanhoto que vinha de Espanha
e poisou já ali na pinha castanha.
A minhoca Joca, que nem patas tinha,
foi pedir farinha à sua vizinha.
A vizinha não tinha ido ao moinho,
não tinha farinha, mas deu-lhe um ovinho.
                                   Ana Godinho



lh

Naquele dia de Julho, um coelho viu um repolho e saiu da toca.
Olhou a ovelha malhada que balia à abelha riscada.
Logo a abelha subiu ao telhado de palha.
Mas a palha caiu na pilha de milho que estava molhada.
Um piolho escapou e escolheu um molho de folhas secas.
A abelha riscada poisou no joelho do velho que jogava à malha.
Tudo isto viu o coelho que viu um repolho e saiu da toca.
                                                                                     Ana Godinho




                  ch


O Chico chileno foi ao seu chalé.
Levou a chave no dedo do pé.
Levou chocolate, chapéu e machada
numa mochila muito bem fechada.
O gato bichano que é sabichão,
achou um bichinho que ia no chão.
Chegado a casa, tomou o seu chá
na chávena chinesa que tinha lá.
Comeu seis bolachas com gosto a limão
e deu ao bichano um requeijão.
Chegou à janela e viu que chovia,
ficou de chinelos o resto do dia.
 Ana Godinho




ge e gi

O mágico Gil abanou o chapéu,
Sacudiu, agitou, tapou com o véu.
Mas em vez de coelho, saiu (mas que sina!)
A girafa Gina a comer gelatina!
O mágico pasmado, pegou na geleira,
Mas em vez de gelo, saiu uma cadeira!
Tomou uma gemada que levou três gemas,
Mas do seu chapéu saíram algemas!
Pegou na varinha e então - imagina! -
Saiu geleia de tangerina!
- Mas o que é que tem a minha magia? –
O Gil não viu que toda a sala ria…

                           Ana Godinho


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