sexta-feira, 18 de novembro de 2011

TIO WALT, O CRIADOR DE SONHOS


Numa cidade chamada Chicago, nos Estados Unidos da América, nasceu há mais de 100 anos, um menino chamado Walt Elias Disney.
Walt tinha 4 irmãos: 3 rapazes e uma menina. Cresceu numa quinta, onde começou a mostrar que gostava muito de desenhar. Um amigo da família que tinha um cavalo, dava-lhe alguns cêntimos para ele fazer desenhos do seu cavalo.
Na escola tinha dificuldades em aprender a ler e escrever, o que deixava o seu pai, Elias, bastante zangado. Walt gostava mais de desenhar e o pai achava que isso o ia impedir de ter uma profissão quando crescesse.
Mais tarde o pai de Walt mudou-se com a família para outra cidade onde comprou uma empresa que fazia jornais. Walt e o seu irmão mais velho ajudavam o pai a entregar os jornais. Tinham de percorrer a cidade, mesmo no inverno, com muito frio e neve, para distribuir os jornais pelos clientes.
Walt continuou a desenhar e às vezes vendia os seus desenhos aos vizinhos para ganhar algum dinheiro.
Walt adorava comboios. Quando era mais crescido, o tio que trabalhava na companhia de caminhos-de-ferro, deixou-o trabalhar nos comboios, vendendo jornais, bebidas e pipocas aos passageiros.
Depois foi crescendo e tornou-se um homem. Nunca desistiu de correr atrás do seu sonho: fazer filmes com desenhos. Um dia desenhou um rato muito especial. Desenhou-o em várias posições, como se ele se movesse e nesse dia nasceu o rato Mickey!
Fez tantos e com tanto sucesso, que se tornou uma pessoa tão famosa que ganhou 48 prémios pelos seus filmes.
Mais tarde, quando já era muito conhecido, construiu um mundo dos sonhos: a Disneylândia, onde os meninos podem passear ao lado do Mickey, da Minnie e do pato Donald e ver o palácio da Cinderela.
Quando vires o filme da Branca de neve e os sete anões, o Pinóquio, o Bambi ou a Cinderela, lembra-te que foram criados pelo menino que tinha dificuldades na escola, mas que também tinha um dom especial: era um criador de sonhos!
Chamava-se Walt Disney, mas todos lhe chamavam tio Walt.

Ana Godinho

THOMAS, O GÉNIO DA LÂMPADA


Thomas nasceu há muitos anos, na América. Era um menino que tinha uma cabeça bastante grande e não conseguia ficar quieto.
Quando foi para a escola, era um aluno muito agitado que não conseguia aprender as lições e fazia perguntas sem parar. Pouco tempo depois, o professor chamou os pais e disse-lhes que o Thomas não conseguia aprender.
Naquela altura, os meninos que tinham dificuldades em aprender não podiam ficar na escola. Por isso, Nancy, a mãe do Thomas tirou-o da escola quando ele tinha sete anos e ensinou-o em casa.
Só quando já tinha 12 anos é que ele começou a ler. Mas o que ele gostava mesmo era de ir para a cave e fazer experiências. Fazia tantas experiências que às vezes provocava explosões e incêndios em casa. Ao contrário das outras crianças, ele só queria descobrir como as coisas funcionavam e gostava de inventar coisas.
Aos 12 anos começou a trabalhar numa estação de comboios. Vendia jornais, sandes, doces e frutas aos passageiros.
O Thomas foi crescendo e quando tinha 14 anos, um problema que ele tinha nos ouvidos agravou-se e ele ficou surdo. Não se sabe muito bem o que aconteceu, mas pensa-se que ele teve alguma doença que fez com que deixasse de ouvir bem e que foi agravada por uma explosão numa carruagem de comboio onde ele tinha montado um laboratório.
Mesmo assim, a vontade de descobrir coisas novas e de inventar aparelhos fez com que Thomas se tornasse num homem muito importante.
O Thomas inventou uma caneta especial que quando escrevia fazia pequenos furos no papel e depois com um rolo de tinta podia-se fazer muitas cópias
Também foi ele que inventou o primeiro aparelho capaz de gravar a voz das pessoas para depois se ouvir. Chamava-se fonógrafo, mas Thomas gostava de lhe chamar “máquina de falar”. Esta foi a sua invenção favorita.
Mas a invenção porque ele é mais conhecido, é uma coisa que usamos todos os dias e nem pensamos muito nela: A lâmpada eléctrica.
Todas as sua invenções – e foram mais de mil – tornaram-no num dos homens mais ricos da América.
O menino que ficou surdo e que tinha tantas dificuldades na escola tornou-se um grande inventor e um cientista famoso.

HELEN, A MENINA QUE VIA COM AS MÃOS

Helen era uma menina alegre, que gostava de correr pelo campo. Nasceu numa pequena cidade dos Estados Unidos da América.
Quando tinha dezoito meses, Helen adoeceu. Os médicos chamaram à sua doença febre cerebral, porque ainda não conheciam uma doença chamada escarlatina. Esta doença ataca os olhos e os ouvidos e, depois de muitos dias de febre muito alta, o médico descobriu que a menina tinha ficado cega e surda.
Durante alguns anos, Helen viveu num mundo sem som e sem luz e não aprendeu a falar. Não compreendia o mundo à sua volta e não comunicava com ninguém. Os seus pais ficavam muito aflitos quando ela queria alguma coisa, porque não a compreendiam. Então Helen chorava e isso deixava-os muito tristes. Evitavam contrariá-la e por isso ela cresceu sem saber comportar-se à mesa, sem saber vestir-se, lavar-se ou qualquer outra coisa.
Então os pais começaram a procurar alguém que os pudesse ajudar e, quando Helen estava quase a fazer sete anos, encontraram uma professora especial. Chamava-se Ann e tinha sido quase cega por causa de uma doença muito grave que tinha tido nos olhos.
Ann tinha voltado a ver, mas tinha crescido numa escola especial para pessoas cegas, onde ficou depois a trabalhar ensinando outras pessoas que também eram cegas. Foi nessa escola que os pais de Helen a encontraram e Ann foi viver com eles.
Ann levou uma boneca de pano para Helen e usou-a para comunicar com ela, através de uma língua especial: o alfabeto manual. A menina aprendeu a palavra boneca e mais algumas outras, mas não sabia que as palavras que aprendia significavam coisas.
Um dia, Helen estava no quintal da sua casa com a professora a tirar água de um poço com uma bomba de água. A professora meteu a mão de Helen debaixo da água fria e na outra mão soletrou a palavra água. Fez isso várias vezes até que de repente Helen compreendeu que aquela palavra significava água. Nesse dia aprendeu trinta palavras.
Além do alfabeto manual, Helen aprendeu também o alfabeto Braille e isso fez com que pudesse aprender a ler e escrever. Mas um dia, quando tinha dez anos, pediu à professora para a ensinar a falar. Helen só fazia alguns sons estranhos porque não ouvia. A professora levou-a então até uma escola onde ensinavam pessoas surdas a falar. E um dia, depois de muito trabalho, Helen chegou ao pé da professora Ann e disse: “Já não sou muda.”
Com a ajuda de Ann, Helen estudou muito e aprendeu muitas coisas. Tornou-se uma mulher muito importante, escreveu vários livros e falou para milhares de pessoas. Passou a sua vida a ajudar as pessoas que, como ela, não podiam ver nem ouvir. Recebeu muitos prémios e homenagens de presidentes e pessoas importantes em todo o mundo.
A vida de Helen mostra que, mesmo quando temos de enfrentar grandes dificuldades, se tivermos coragem e trabalharmos muito conseguimos ultrapassá-las.
A menina que via com as mãos, tornou-se um exemplo para todas as pessoas do mundo, porque aprendeu que “é maravilhoso ter olhos e ouvidos na alma”.

Ana Godinho

MENINOS DIFERENTES DE MIM

Há tantos meninos diferentes de mim!
Os meus olhos verdes, o meu cabelo castanho, a minha pele rosada, são semelhantes aos olhos verdes, cabelo castanho e pele rosada de um monte de meninos que mesmo assim são diferentes de mim.
Conheço a Yelina. Nasceu na Rússia e veio para o meu país quando ainda era bebé. Tem um longo cabelo louro que está sempre enfeitado com flores. Acho que as meninas russas gostam muito de usar o cabelo enfeitado. Tem os olhos azuis e a sua pele é muito clara. Às vezes fica com as bochechas vermelhas, quando corre muito ou fica envergonhada. Tal como eu.
Conheço o Abdul. Os pais nasceram na Guiné-Bissau. A sua pele é escura como o chocolate amargo e o cabelo é muito encaracolado. Tem os olhos pretos e o nariz um bocadinho achatado. Quando está contente e sorri, mostra os seus dentes muito brancos. Tal como eu.
Conheço a Joana. Fala uma língua diferente da minha. Chama-se língua gestual. A Joana é surda e essa é a língua especial com que falam as pessoas surdas. Quando brincamos é importante que eu fale voltada para ela, com a luz a incidir no meu rosto, para que ela possa ler os meus lábios. E eu já aprendi algumas palavras da língua dela. Assim é mais fácil brincarmos juntas. A Joana tem os olhos verdes e o cabelo castanho. Tal como eu.
Conheço o Gurnor. Nasceu na Índia. É muito moreno e tem o cabelo muito negro. Às vezes tem dificuldade em falar a minha língua mas está a aprender palavras novas todos os dias. Contou-me que no seu país as mulheres usam jóias muito bonitas e vestem um vestido longo muito colorido. Chama-se Sari. O Gurnor gosta muito de histórias de aventuras. Tal como eu.
Conheço o João. Ele costuma ajudar-me quando tenho dificuldades na matemática. O João fica um bocado aflito quando precisa de ler. Parece que o cérebro dele funciona de uma maneira especial e as letras e as palavras pregam-lhe partidas de vez em quando e fica muito difícil. Por isso sento-me ao pé dele na sala de aula e ajudamo-nos um ao outro. O João participa sempre nas peças de teatro da escola. Tal como eu.
Conheço o How. Os pais dele vieram da China. A sua pele é um pouco mais amarela do que a minha e tem uns olhos tão engraçados! Parece que estão sempre a rir. Fala uma língua estranha e gosta muito de shop sui de galinha. Tal como eu.
Conheço a Carolina. Quando ela nasceu os pais perceberam que alguma coisa tinha corrido mal enquanto ela esteve na barriga da mãe. Chama-se Trissomia 21. A Carolina tem um cabelo muito liso e os olhos um pouco diferentes e algumas coisas são difíceis para ela. Às vezes precisa de ajuda para fazer as tarefas na escola. Tal como eu.
Conheço o António. Vive num acampamento juntamente com a sua comunidade cigana. Canta umas canções muito diferentes e dança muito bem. Para os ciganos a música é uma coisa muito importante. O António diz que à noite cantam e dançam junto da fogueira. Deve ser mesmo divertido! Mas ele também gosta muito de jogar futebol. Tal como eu.
Conheço a Basma. Veio do Egipto com os pais e a irmã. Usa uma grande trança no cabelo. A Basma não come carne de porco. Ela contou-me que é por causa da sua religião. Descobri que ela adora andar à chuva. Tal como eu.
Conheço muitos meninos diferentes de mim. Mas todos os dias descubro que eles são parecidos comigo. Andam na escola, gostam de ter amigos e de vez em quando precisam de ajuda de alguém. Tal como eu.

Ana Godinho

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Casa espetacular no Porto

De passagem pela cidade do Porto, encontrei pelo caminho a Almada Guest House. Na rua do Almada, junto aos Aliados, uma adaptação espetacular de um prédio antigo da cidade criou um local ideal para quem procura uma coisa diferente. Extremamente acolhedora, com quartos versáteis, dependendo do número de pessoas, recomenda-se a experiência.







E para cuidar de nós, o José e a Rosa que faz uns ovos mexidos deliciosos.